quarta-feira, 19 de agosto de 2015

RINS


Os rins são órgãos essenciais para o controle da excreção de substâncias em excesso ou nocivas ao organismo, portanto, precisam de cuidados especiais.


Os rins são órgãos do sistema urinário relacionados com o controle da concentração de substâncias no nosso sangue. São eles que retiram os produtos do metabolismo celular da célula e as substâncias que se encontram em quantidade muito alta no organismo, garantindo, portanto, a homeostase dos líquidos corporais.

Com formato semelhante a uma semente de feijão, esse órgão está localizado na região atrás do peritônio parietal, contra os músculos da parede abdominal posterior e acima da cintura. Em virtude da localização do fígado, geralmente o rim direito apresenta-se um pouco mais baixo que o esquerdo.

Cada rim é envolvido por três cápsulas, que recebem o nome de verdadeira, gordura perirrenal e fáscia renal. Todo o rim é revestido pela cápsula verdadeira, que é uma membrana fibrosa intimamente colada à superfície do órgão. Ligando o rim aos tecidos circunvizinhos, encontra-se a fáscia renal, que é uma fina camada fibrosa. Entre a fáscia e a cápsula verdadeira, encontra-se tecido adiposo, a gordura perirrenal.

O rim apresenta um lado convexo e um côncavo, sendo que nessa última superfície encontra-se uma fissura que recebe o nome de hilo. É no hilo que entram e saem os vasos, nervos e cálices.

O rim apresenta uma camada central que apresenta uma coloração mais escura, a medula, e uma camada periférica mais clara, o córtex. Existe ainda uma estrutura chamada de pelve renal, que é responsável pela coleta de urina. A pelve vai se ramificando em direção à medula, formando cálices maiores e cálices menores.

Na medula renal, encontramos as chamadas pirâmides renais, que são estruturas que possuem formato de cone. A base de cada pirâmide é voltada para o córtex e o ápice termina em uma papila que desemboca no cálice menor. O córtex estende-se da cápsula verdadeira até a base das pirâmides renais e também é encontrado entre essas estruturas, formando as chamadas colunas renais.






Os néfrons são as estruturas funcionais do rim, onde ocorrem a filtração do sangue e a formação da urina. Cada néfron é formado por um corpúsculo renal e um túbulo. O corpúsculo consiste em uma emaranhando de capilares (glomérulo) envolvidos por uma estrutura chamada de cápsula glomerular. A partir da cápsula, sai um grande túbulo, chamado de túbulo néfrico, que pode ser dividido em túbulo proximal, alça de Henle (também chamada de segmento intermediário) e túbulo distal.

O rim, como dito anteriormente, é fundamental para manter o bom funcionamento do nosso organismo. Para isso, você deve tomar alguns cuidados para que ele continue realizando suas funções. Entre as principais recomendações médicas estão: não consumir sal em excesso, beber a quantidade de água adequada, não fumar, manter o peso ideal, realizar atividades físicas e controlar o diabetes e a pressão. Além disso, é importante que sejam feitas avaliações periódicas desse órgão, uma vez que a prevenção é o melhor remédio para diversas enfermidades.

DIENCÉFALO


O diencéfalo é uma parte do cérebro localizada inferior e anterior ao corpo caloso, parte do telencéfalo, e superior ao mesencéfalo, delimitando por este último por uma linha imaginária que corre do corpo mamilar para a comissura posterior (epitálamo).

Seu estudo é baseado na parede do III ventrículo e de núcleos específicos e não específicos. Dos ventrículos laterais para o III temos o forame interventricular por onde percorre o LCR. Qualquer obstrução deste óstio poderá levar a uma hipertensão intracraniana, pois o LCR não poderá percorrer todo espaço subaracnóideo nem ser absorvido pelas granulações aracnóideas que estão próximas ao seio sagital superior. Este aumento de líquido é denominado hidrocefalia e pelo fato da ausência de comunicação é classificada como não-comunicante.



Imagem do sistema nervoso dos vertebrados em corte sagital. O diencéfalo é representado em amarelo.

Cortes

Quando fazemos um corte sagital no diencéfalo, podemos analisar três pontos evidentes da região e seus respectivos núcleos com funções, fibras e pontos anatômicos:

  • Tálamo
  • Hipotálamo
  • Epitálamo

  • Há também o subtálamo, mas este só pode ser observado em cortes coronais ou parasagitais.

    Organização



  • Diencéfalo
    • Território médio-diencefálico
      • Subtálamo
      • Zona limitante intratalâmica
      • Tálamo
    • Hipotálamo
    • Epitálamo
    • Pré-teto
    • Glândula pineal
  • TELENCÉFALO



    O Telencéfalo representa praticamente a maior porção do encéfalo, incluindo o diencéfalo. Tal estrutura é formada por dois hemisférios, esquerdo e direito. Porém os hemisférios estão incopletamente separados pela fissura longitudinal e pelo corpo caloso que liga um ao outro através de 20 milhões de fibras nervosas. É constituido por dois tipos de substâncias a branca e a cinzenta. A substância cinzenta se subdivide entre interna, onde ficam os núcleos basais e em externa onde fica a córtex, que é a área funcional.


    Orientação no telencéfalo:

    Vista superior




    Corte sagital

    Pólos


    Faces ou vistas




    Os lobos cerebrais

    Os giros e sulcos ajudam a dividir a córtex entre quatro a seis pares de lobos conforme o sistema de anatomia utilizado. O sulco principal e mais profundo é a fissura longitudinal que separa os hemisférios cerebrais. Tanto a amplitude como o nome dos lobos também são partes relacionados ao nome dos ossos sob as quais se situam, conhecidos como neurocrânio. Por exemplo, os dois lobos frontais estão aproximadamente abaixo do osso frontal, e da mesma forma, os lobos occipitais sob o osso occiptal. Em alguns sistemas de nomeação o lobulo límbico e a insula, ou lobo central, são distintos dos outros lobos.

    Frontal
    Temporal
    Parietal

    Occiptal
    Insular






    Divisão em lobos:
    A córtex pode ser dividida em quatro áreas chamadas lobos (mostradas acima). Em algumas classificações, a parte anterior do lobo frontal é identificada separadamente como lobo pré-frontal, mas o termo córtex pré-frontal é em geral o mais aceito.

    Os sulcos relevantes



    quinta-feira, 6 de agosto de 2015

    TETRALOGIA DE FALLOT

    O que é Tetralogia de Fallot (T4F)? Passaremos a chamá-la de T4F apenas para abreviar. A T4F é uma má-formação congênita do coração composta de quatro elementos, por isso a denominação “tetralogia”, e  Fallot é o sujeito que descreveu esta doença. Encontram-se: 1-A CIV, ou Comunicação Interventricular, ocorre quando existe um orifício ou “buraquinho” entre as duas câmeras do coração chamados de ventrículos (esquerdo e direito), 2-Dextroposição da aorta, que significa um desalinhamento para a direita da aorta ao sair do coração, 3-Obstrução de ventrículo direito, ocorre portanto uma dificuldade de passagem de sangue pobre em oxigênio para os pulmões e 4-Hipertrofia ventricular direita, devido ao excessivo trabalho do ventrículo direito, o músculo aumenta de massa, principalmente de espessura.
    Qual as apresentações de Tetralogia de Fallot?Podemos dizer que um paciente portador de T4F nunca tem os mesmos achados que outro. Isto se deve ao tempo de evolução, e grau de menor ou maior importância no desenvolvimento de cada elemento que constitui a T4F. Conforme critérios anatômicos podemos classificar a T4F de “Boa” ou “Má” Anatomia.
    Qual a importância da Tetralogia de Fallot? Na T4F o sangue pobre em oxigênio não consegue atingir os pulmões em quantidade suficiente para retornar oxigenado para o coração esquerdo. Assim, ainda na infância as crianças apresentam-se com cianose (bebês azuis). Isto reflete uma quantidade menor de oxigênio no sangue, com o passar do tempo o sangue e o organismo fazem uma série de acomodações a esta condição como, por exemplo, forma vasos novos.
    Como posso descobrir a Tetralogia de Fallot? Por ocasião de uma avaliação o médico pode suspeitar, sendo confirmado por Ecocardiograma ou Cateterismo Cardíaco (complementar). Em alguns pacientes, o organismo forma ao longo do tempo os colaterais (vasos novos), entre a aorta e a artéria pulmonar, e é fundamental conhecer sua presença e magnitude. Para tanto, é feito investigação complementar com Angio-Tomografia (no mínimo 64 canais), Angio-Ressonância Nuclear Magnética ou cateterismo(com estudo da aorta-aortografia).
    Quando indicar Cirurgia para a Tetralogia de Fallot?
    A idade do paciente, a gravidade da doença, e a rotina da equipe médica definem o como e quando intervir. Sugiro em todos os casos, avaliação criteriosa e acompanhamento com especialista Cardiopediatra ou Cardiologista, além da opinião do Cirurgião Cardiovascular.
    A cirurgia de Tetralogia de Fallot.
    Existem dois tipos de cirurgia nesta ocasião: paliativa ou corretiva. (vide Informações ao Paciente & Família – Qual a diferença de Cirurgia paliativa e corretiva?).  A cirurgia em crianças recém-nascidas e lactentes(até 6 meses em média) pode ser paliativa. Neste caso, o médico Cirurgião Cardiovascular faz uma ponte (bypass) com enxerto (pode ser sintético como PTFE ou biológico) entre a aorta e a artéria pulmonar, com intuito de aumentar o fluxo de sangue para os pulmões e consequentemente a oxigenação sanguínea (Cirurgia de Blalock-Taussig-Vivian modificado). A incisão ou corte de pele deverá ser explicada quanto à localização e extensão individualmente.
    Em pacientes maiores é feito um estudo caso a caso das condições do paciente e da gravidade de sua doença do coração. Podendo indicar-se  a correção total (cirurgia corretiva). Para realizarmos este tipo de cirurgia é necessário o auxílio da máquina coração-pulmão ou CEC (vide Informações ao Paciente & Família – O que é Circulação Extra-Corpórea). A cirurgia corretiva consiste em corrigir os quatro elementos (tetralogia): 1-A CIV é fechada (vide Cirurgia da Criança & Adolescente-CIV – “A cirurgia de fechamento de CIV”), 2- A aorta é redirecionada adequadamente para o ventrículo esquerdo através da CIV 3 e 4 – Os elementos de obstrução são retirados permitindo fluxo livre de sangue para os pulmões, ou em alguns casos um enxerto (tubo valvulado ou “manchão” biológico) irá promover a passagem de sangue do ventrículo direito para a artéria pulmonar.
    Cirurgia de Blalock-Taussig-Vivian com enxerto de PTFE
    Cirurgia de Blalock-Taussig-Vivian com enxerto de PTFE
    Risco cirúrgico: o risco deve ser considerado com o seu médico Cirurgião Cardiovascular conforme avaliação individual de cada paciente. (vide Informações ao Paciente & Família – Fatores de risco cardiovascular e complicações possíveis)
    Complicações relacionadas (risco-baixo):sangramento, infecção de ferida operatória, bloqueio cardíaco (com necessidade de marcapasso definitivo), baixo débito cardíaco, arritmias cardíacas, alterações em sistema nervoso central, alteração renal, recidiva, CIV residual, obstrução residual VD-TP, insuficiência pulmonar, etc.
    Contra-indicação: em caso de outra doença ou má-formação incompatível com a vida, ou alterações no organismo que impeçam a realização de qualquer ato cirúrgico, ao exemplo de alteração de coagulação importante (incapacidade do indivíduo de formar coágulos). Analisar individualmente a presença de colaterais sistêmico-pulmonares e planejar a estratégia de manejo destas.
    Cuidados de pós-operatório: depende da idade do paciente. Em geral os pacientes que vem de casa operam e no pós-operatório imediato vão para a unidade de recuperação cirúrgica ou UTI (conforme o hospital), pelo tempo necessário para desmame (retirada) de medicações/ suporte respiratório e eventualmente renal. Quantos aos pacientes em caráter de urgência, são internados em UTI para preparação adequada para cirurgia.
    Quando houver alta da UTI, serão acompanhados no quarto ou enfermaria, aguardando condições adequadas para a alta hospitalar, que em nosso contexto fica a critério da equipe clínica.(vide Informações ao Paciente & Família).
    Qualquer dúvida, ou explicação deve ser feita pessoalmente com seu médico Cirurgião Cardiovascular.

    Fonte: http://brunorocha.com.br/portal/coarctacao-de-aorta-2/

    sábado, 27 de junho de 2015

    RADIOLOGIA INDUSTRIAL

     

    Radiologia Industrial é o emprego das radiações ionizantes, raios x ou gama para fins industriais.

    Uma das maiores aplicações da Radiologia Industrial, são dirigidas ao processo de qualidade em produtos e materiais.

    Esses processos são realizados pelos Ensaios não Destrutivos (END), são técnicas utilizadas na inspeção de materiais e equipamentos, que investigam a sanidade do material sem, contudo destruí-lo ou introduzir quaisquer alterações em suas características. Um dos ensaios mais importantes para a documentação da qualidade de produto inspecionado pode se dar à radiografia, por meio do raio x ou gama, pois ela representa a “Imagem” interna da peça inspecionada, o que nenhum outro ensaio não destrutível é capaz de fazer.

    Usados principalmente nas indústrias de petróleo e petroquímica, geração de energia para inspeção principalmente de soldas e fundidos, automobilísticas, siderúrgica, naval, aeronáutica e ainda na indústria bélica para inspeção de explosivos, armamento e mísseis.

    A Radiologia Industrial é uma modalidade que se aplica para diversos fins entre elas, Irradiação de alimentos, eliminação de bactérias e microorganismos em cosméticos, Embalagens, Ervas Medicinais, Produtos Farmacêuticos e Produtos médicos hospitalares descartáveis, no setor gemológico utiliza-se irradiação no beneficiamento de pedras preciosas acelerando seu processo de envelhecimento no qual se estivessem na natureza levariam centenas anos até virarem pedras preciosas, na indústria de bebidas à fonte Amerício-241 garante que as latinhas de cerveja e refrigerantes cheguem ate nos consumidores nos níveis corretos, na indústria de papel que opera com medidas padronizadas, e com as técnicas nucleares garantem que todas as folhas tenham a mesma gramatura, e em museus e bibliotecas também utilizam a irradiação em obras de arte e livros, com o propósito de preservação e conservação.

    MEIOS DE CONTRASTE

    Estas substâncias são utilizadas em certos tipos de exames para permitir uma melhor avaliação de algumas estruturas do nosso corpo, sendo assim, indispensáveis para o diagnóstico em diversos casos.
    Os meios de contraste utilizados nos exames de Radiologia e Diagnóstico por Imagem são fabricados utilizando basicamente três substâncias com diferentes utilidades: o bário, o iodo e o gadolínio.
    Os contrastes a base de bário são utilizados por via oral em exames que se deseja demonstrar melhor o tubo digestivo (ex.: esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso) nos exames de raio-X e tomografia computadorizada. Estes contrastes não são absorvidos pelo organismo e são eliminados juntamente com as fezes, tornando-as esbranquiçadas por alguns dias após o exame ter sido realizado. Dificilmente causam efeitos colaterais, sendo o maior problema, o gosto um pouco desagradável, o que pode ser disfarçado misturando-se grosélia ou outro concentrado para sucos.
    Os contrastes a base de iodo podem ser utilizados por via oral ou na veia. Quando utilizados por via oral, servem para demonstrar melhor o tubo digestivo, porém, diferentemente do bário, o iodo é parcialmente absorvido pelo organismo. Já quando utilizado na veia, eles servem para demonstrar melhor os diversos órgãos internos do corpo, bem como veias, artérias e alguns tipos de lesões.
    Ao serem injetados na veia, eventualmente podem causar algumas sensações que são consideradas sem maior importância, como calor no corpo, leve aceleração dos batimentos cardíacos, vontade de urinar, náuseas, vômitos e gosto ruim na boca. Porém, além destas sensações consideradas normais, eventualmente podem ocorrer alergias leves e raramente alergias graves (para termos uma comparação, é o mesmo risco que se tem quando utilizamos uma injeção de Benzetacil®). Além disso, estes contrastes também podem desencadear crise de “falta de ar” em pacientes com asma. Sendo assim, qualquer história de asma ou de alergia a alimentos, medicações ou a ocorrência desses sintomas em exames que tenham sido realizados previamente devem ser informados ao médico antes da realização de um novo exame. Em alguns casos específicos, medicações anti-alérgicas podem ser utilizadas antes dos exames para reduzir o risco de alguma reação, as quais devem ser sempre prescritas por um médico especialista.
    Existem, basicamente, dois tipos de contraste a base de iodo: os iônicos e não-iônicos. Os primeiros, por serem mais antigos, causam mais sintomas e têm maior risco de ocasionar alergias. Já os não-iônicos, são contrastes de última geração e raramente causam reações alérgicas (na Irion Radiologia, somente são utilizados contrastes não-iônicos por via venosa).
    Os contrastes a base de gadolínio são utilizados apenas na veia em exames de ressonância magnética. São contrastes extremamente seguros e que dificilmente causam alergias e raramente têm contra-indicações.

    segunda-feira, 15 de junho de 2015


    http://youtu.be/qfUtqAGmwTo

    HISTÓRIA DA RADIOLOGIA



    http://youtu.be/FWnSibyHVNo

    QUAL É A IMPORTÂNCIA DO TÉCNICO EM RADIOLOGIA TER UM CONHECIMENTO EM ANATOMIA ?

    Como grande parte das radiografias para diagnósticos envolve o exame de ossos e articulações, a OSTEOLOGIA (estudo dos ossos) e a ARTROLOGIA(estudo das articulações) são assuntos importantes para o técnico en radiologia, então é necessário que todo profissional da área de radiologia conheça o corpo humano e saiba visualizá-lo nas radiografias.

    INTRODUÇÃO A RADIOLOGIA

    Radiologia: Ramo da medicina que estuda as aplicações terapêuticas e diagnósticas ionizantes.

    A radiologia tem sofrido enormes avanços tecnológicos e ampliando suas aplicações clínicas desde o descobrimento dos raios-x por Wilhelm Conhad Roentgen em 1895.

    O progressivo refinamento da radiologia convencional e o desenvolvimento de modalidades de imagens mais sofisticados, como arco cirúrgico, mamografia, T.C. (tomografia computadorizada) e R.M. (ressonância magnética) tem permitido a radiologia emergir como um dos campos mais excitantes e desafiadores da medicina.

    O amplo conhecimento dos princípios da radiologia é uma ferramenta diagnóstica valiosa, permitindo a tradução da informação de uma imagem em um diagnóstico diferencial específico que pode ser usado para tratar o paciente.